Expectativas do mercado indicam cenário econômico mais estável nos próximos anos, segundo relatório do Banco Central
Economistas do mercado financeiro reduziram pela nona semana consecutiva a projeção de inflação para 2025. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central, por meio do boletim Focus, baseado em pesquisa com mais de 100 instituições financeiras.
Inflação sob ajuste contínuo:
- A estimativa para 2025 caiu de 5,10% para 5,09%, ainda acima do teto da meta (4,5%)
- Para 2026, a previsão também recuou: de 4,45% para 4,44%
- Expectativas para 2027 (4%) e 2028 (3,80%) foram mantidas

Meta descumprida e carta pública: Com a inflação acima do intervalo da meta por seis meses consecutivos, o presidente do BC, Gabriel Galípolo, enviou uma carta ao ministro da Fazenda explicando os motivos: economia aquecida, variação cambial, custo elevado da energia e anomalias climáticas.
Sistema de metas contínuas: Desde janeiro, o BC compara a inflação acumulada em 12 meses com o centro da meta (3%) e sua faixa de tolerância (1,5% a 4,5%). A Selic permanece como principal instrumento para conter pressões inflacionárias.
Outras projeções econômicas
PIB (Produto Interno Bruto)
- Crescimento mantido em 2,23% em 2025
- Leve alta para 1,89% em 2026
Taxa de Juros (Selic)
- Mantida em 15% ao ano até o final de 2025
- Expectativa de queda para 12,50% em 2026 e 10,50% em 2027
Câmbio (Dólar)
- Previsão de R$ 5,60 em 2025 e R$ 5,70 em 2026
Balança Comercial
- Superávit estimado em US$ 66,7 bilhões para 2025 e US$ 70 bilhões em 2026
Investimento Estrangeiro Direto
- Mantido em US$ 70 bilhões nos próximos dois anos
Por que isso importa?
Inflação elevada corrói o poder de compra, especialmente para os brasileiros de renda mais baixa. Manter os preços sob controle é essencial para garantir estabilidade e confiança no cenário econômico.